quinta-feira, 8 de abril de 2010

Desamor.

Como um sol que se perde em nuvens
no silêncio da cor preguiçosa.
Seca o rio da motivação que veste as pradarias desse amor
que se integra ao amargo
Indiferente silêncio no surgimento do sentimento triste

O sol que desmonta o laço e o traço entorta-se em vacilos
Perde-se a compostura.
Delírio triste.
Desamor.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Jaz escrevi.

NÃO SOU, quem sabe, um poeta de mãos cheias,
Mas também não são vazias, pois calos e sujeiras.
Conheço o ar de meus momentos e também o de minha cidade
Quente e fria, num só dia, como só Curitiba sabe ser.
Sabe-se cá que minha imaginação descansa
Insana sobre o sossego perturbado pela luz
E pelos gritos internos por organização de meu querido pai.

ENTÃO eu pulo sentimentos, desejando a menor preocupação
De uma brisa, brisa minha.
Enquanto passa pelos trilhos de minha vida, rapidamente, uma
Rasteira mente de lembranças e implosões
Que me satisfazem até deserto ponto.
Ponto, talvez não, de fuga.

PARA muito além d’alma, certamente
Se criem túmulos e rosas brancas, e não lírios.
Não importo-me mais se há beleza ou relatividade...
As estradas podem ser retas, mas nós serenamente
Desejamos as curvas e talvez os acidentes.
A Matéria de nós mesmos apenas interfere na sombra
Da razão fantasmagórica e na chuva do pó de idéias
Simplórias.
Pois o simples ato do tempo é o de infinitamente
Passar.

EU sinceramente minto em alguns versos e refrões e
Certamente estou fugaz como se sempre tivesse pensado no assunto.
Caeiro certa vez escreveu algo como ‘aproximar o distante
Do próximo é enganar-se’... e ele está errado?
De longe não posso esquecer que De Onde Não Posso Esquecer
É apenas uma babaquice simples que se encaixa corretamente
Na teoria do ‘distante & próximo’.
E só quem realmente sabe sabe.

JAZ escrevi, e não larguei mão, coisas que magoaram,
Mas certamente, e é a terceira vez que uso a palavra ‘certamente’, esses
Troços tocaram aqueles que se encaixavam como receptores de tais palavras.
Ó! Quando busco pensar me fogem pensamentos para expor
E quando quero expor, me falta um meio.
Mas oras, o meio é apenas o meio, intercalando a primeira
Bombeada de sangue ao pênis até a ultima ejaculada de porra.
Porra densa e estrelada, desbocada num sexo de farpas
E espinhos e mal-me-queres e bem-não-queres.
Eu não sou a luz, mas o túnel.
Infinito túnel de palavras, garantia de filtro e falhas.
O que existe existe.
O que não sou não será.
E aquilo que sou... háhá
Afeta de uma só vez.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O expulsar do Sol.

Veja quão tristonho é o mar
que na ânsia tem a força de brindar.
Por raiva ou descuido ele engole de vez em vez
a imprudência humana sem mais querer saber.
Ao todo ele é sem ninguém...
Sobrando apenas o expulsar do sol.

Sono real

Sou apenas enganador.
Quero compartilhar sem me importar.
Tenho alguns cigarros, me falta o dinheiro.
Bebo sob medicação...
Minha meditação é meu sono
e meu sono é minha realidade.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Calada da escuridão

Na boca o ácido corrói o gosto do ferro da ferida,
Afta velada no invisível, na calada da gaita, calada da escuridão.
Vem o galope da morte no brejo infiel de um esconderijo infernal,
Traiçoeiramente salivado na lembrança,
Protuberância da ânsia,
Na preliminar das imagens que voam.

Como o que escangalha o ar,
Deixa como é no esboço do escroto.
A navalha do podre
A pose do enquadro
Na caminhada do corte nas mãos,
Nas falhas do gole, o sermão

Não há rumo seguindo com essa gente.

Praça Fulano de Tal.

Aqui numa praça qualquer...
pequena cárie do asfalto tóxico,
por onde recicla-se uma mísera porção de ar,
onde pombas deixam de ser ratos por instantes,
onde o alimento dos pássaros é quase natural,
onde calçadas tomam formas variáveis,
onde dormem à sombra os moribundos,
onde a sós conversam os esquizofrênicos,
onde passam aos milhares os atrasos diários,
onde circulam, geralmente em duplas, os porcos,
onde além das margens alimentam-se os ônibus,
onde bebem logo cedo os gazeadores,
onde aviões distribuem maconha estragada,
existe uma escultura de um dorso, completamente pixada,E uma placa que diz: Guia e coleira para o tempo, para controlar o desafeto opcional.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Loção pós-droga

Não valem palavras senão nas dobras e dribles do próprio rosto, como se falássemos nas expressões. Custo caro, imprório. Uma loção pós-droga para a mente.... ou para esquecer. Viver a liberdade estonteante do punk rock. Na maior naturalidade daquilo que eu entendo ser feito de melhor pela rápida mão de um tocador de rock.